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quarta-feira, setembro 19, 2012

O pior tipo de mulher




Senhor! Senhor!, tornou a gritar, ao concluir os seus pensamentos, “devo, então, começar a respeitar a opinião do outro sexo, embora me pareça monstruosa?”, gritou, “que hei de fazer?” E com isso entristeceu. Virginia Woolf, Orlando




Navegando pela internet esses dias li um artigo de um conceituado psicólogo listando o que ele considera ser os dez principais tipos – psicológicos – de mulher.

Tem a tradicional “Amélia”, a espalhafatosa “Perua” e a tão desejada “cúmplice”, como diz a letra do menestrel baiano Juca Chaves:
"Eu quero uma mulher / que seja diferente / de todas que eu já tive / de todas tão iguais / que seja minha amiga / amante, confidente / a cúmplice de tudo / que eu fizer a mais."
Ao final, o autor desafia as leitoras do artigo a respondê-lo à altura em suas suposições com um texto onde consigam definir, ao seu modo, os tipos de homem.

No primeiro comentário, uma genial internauta responde de maneira muito criativa e, considero eu, definitiva: “mas homem não é tudo igual?”.

Pronto. Resolvida a questão.

Principalmente se nos permitirmos avançar um pouco nas interpretações polissêmicas e entendermos que a palavra “homem”, na frase, refere-se à raça e não ao gênero.

Nunca consegui entender essa questão de raça aplicada ao homem. Pra mim, por exemplo, um poodle branco e um poodle preto são cachorros da mesma raça, apenas com cores diferentes.

E se já é difícil entender essa idiotice de distinguir como raças as cores de pele, para citar o traço mais comum utilizado, imagine entender que haja diferenças significativas – que não as biológicas e anatômicas – entre os seres humanos baseadas em gênero.

Ou seja, o homem é mais assim e a mulher é mais assado. E se um homem for mais assado a gente logo aponta: “deixa disso, tá parecendo mulher!”.

E quando a gente vê aqueles casais e diz: “ele é a mulher do relacionamento” ou vice-versa, para enaltecer determinadas qualidades ou apontar certos defeitos?

Não sei se foi o fato de ter sido – muito bem – criado por uma autêntica “pãe”, já que sou filho de mãe divorciada e a partir dos oito anos não tive referências paternas em minha vida, mas nunca consegui e sempre estranhei quando as pessoas faziam qualquer tipo de diferenciação de caráter baseada exclusivamente no gênero. “Mulher é isso”, “mulher é aquilo”... Eu sempre me lembrava que conhecia um monte de homens que também eram isso e aquilo e, obviamente, outro monte de mulheres que não eram. Portanto, sempre me pareceu muito estranho esse tipo de julgamento ou diferenciação.

E eis que um belo dia sou acusado de machista, sexista e, pior, misógino!

E por quê?

Por certas postagens colocadas em meus perfis em redes sociais que estariam incomodando especificamente duas pessoas do sexo feminino.

Uma das pessoas, à qual eu não me refiro em momento nenhum em minhas postagens, é uma ex-candidata à Prefeitura de Campina Grande à qual eu prestei serviços na campanha de 2004 e que até hoje não me pagou o que ficou estabelecido em um contrato que, inclusive, não foi apresentado à Justiça na prestação de contas de sua campanha, o que, para todos os advogados que consultei, configura-se claramente como “Caixa Dois”.

As provas de que prestei o serviço estão fartamente demonstradas no processo em que a ex-candidata foi condenada no último mês de maio, pelo Exmo. Juiz da 2ª Vara Civel de Campina Grande. Os serventuários do cartório daquela vara inclusive se acostumaram a chamar o processo carinhosamente de “A SANFONA”, de tão volumoso que ele é. Entre as mais de 800 páginas estão os arquivos originais das artes usadas na campanha, os documentos referentes à participação em entrevistas e debates que eu assinava como representante da candidata, as fotos oficiais da candidata, com os originais, feitos pelo fotógrafo sob minha direção e as imagens finais, já com diversos retoques de photoshop. Também há fotos onde eu apareço dando orientações nesses eventos e até bilhetes nos quais eu escrevia as perguntas que ela deveria fazer e as respostas que ela deveria dar nos debates, já que ela tinha pouco conhecimento sobre a cidade naquela época. 

Obviamente que há no processo, principalmente, o tão falado contrato, assinado por ela apenas nos últimos dias da campanha, quando eu já andava desconfiado da cidadã por problemas que estavam ocorrendo com outros fornecedores, e interrompi a prestação dos serviços até que ela, pelo menos, assinasse um documento que me desse algum tipo de segurança. E olhe que eu já estava com o contrato pronto desde o início da campanha, mas sempre aparecia um contratempo e ela não assinava.

Minhas provas são essas. As dela eu não sei, pois nada foi anexado por ela ao processo. Será que é porque a Justiça não aceita provas oferecidas por uma mulher?

Revendo minhas postagens, inclusive, pude observar que tudo o que publiquei referindo-me, genericamente, ao feminino, pode ser aplicado ao masculino. Por exemplo, a assessora, a candidata, a estelionatária. O que há de machismo nisso?

Ou seja, minhas piadas não são machistas, nem sexistas, nem misóginas. São de mal gosto. Só.

Mas o que fazer quando você está em um ambiente onde a maioria das pessoas representam o que existe de pior na política brasileira? Um verdadeiro rebotalho da ética, da moral e da honestidade?

Louvo, sinceramente, os poucos homens e mulheres honestos que ainda se propõem a participar de tão nojento processo. 

Eu, como não consigo fazer de conta que aquela ópera bufa é uma poesia épica, me abstraio em minhas observações jocosas, com o único interesse de divertir a mim e aos que por algum motivo estranho continuam me acompanhando na internet.

E por isso fui chamado de machista, sexista e misógino.

E pergunto, sinceramente, existe ladrão mulher? E estelionatário mulher? E destruidor de famílias alheias mulher?

A História, a Justiça e o Senso Comum mostram que existe.

Mas, afinal, qual o pior tipo de mulher?

Na minha humilde opinião, é aquela que tenta esconder sua falta de caráter em seu gênero, pois que se defende de tudo o que lhe acusarem apenas com o fato de “ser mulher”, não podendo, por isso, ser apontada por suas falhas. Ao mesmo tempo em que denota, de fato, a podridão que se esconde por trás de sua postura feminista e humanista, revela o uso criminoso do feminismo para travestir seu espírito abjeto e delinquente e, por tabela, ataca violentamente a honra e a moral de todas as mulheres que com ela tiverem qualquer tipo de identificação.

E por estar infiltrada no movimento feminista, é, com toda certeza, a maior inimiga que se possa imaginar das causas das mulheres, pois não apenas reforça a criação de estereótipos negativos como os apresenta como justificativas para suas tramoias.