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quarta-feira, novembro 30, 2011

Vida de Governante

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sábado, novembro 26, 2011

quarta-feira, novembro 23, 2011

17% é pouco, se for de Burrice

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Seremos burros de aceitar tanta burrice calados?

A medida encontrada pelo governo estadual para compensar as compras realizadas pelos paraibanos, via internet, em lojas sediadas em outros estados é uma das maiores BURRICES que eu já vi em toda a minha vida.

BURRICE acompanhada de PREGUIÇA PARA PENSAR e de FALTA DE CRIATIVIDADE.

Antes de mais nada, cabe uma pergunta lógica: por quê os paraibanos preferem comprar em sites de lojas sediadas fora da Paraíba e não em sites de lojas paraibanas?

Resposta, com outra pergunta: CADÊ OS SITES DAS LOJAS PARAIBANAS?

Você acha, sinceramente, que se o Armazém Paraíba, apenas para usar um exemplo que todo mundo conhece, tivesse um grande portal de vendas online eu ia comprar alguma coisa na Americanas, Extra, Ponto Frio, Submarino ou qualquer outro pagando frete muito maior e esperando muito mais?

Claro que não! 

Mesmo que o frete fosse grátis, o prazo de entrega compensaria.

Como se acham "prejudicados" pelos sites se nem sites têm?
Mesmo que preço, frete e prazo fossem iguais, eu, obviamente, escolheria uma empresa paraibana, até pela facilidade de reclamar em caso de algum problema.

Recentemente assisti a uma apresentação de uma empresa especializada na construção de lojas virtuais onde havia uma pesquisa mostrando que bem mais que 90% das empresas paraibanas simplesmente não têm site. Site de vendas deve estar batendo em 100%!

Ou seja, o governo não está defendendo empresas boas de empresas más. Está tentando defender incompetentes de competentes, burros de inteligentes, preguiçosos de empreendedores.

O governo está tentando defender o indefensável. Devia antes mandar as empresas paraibanas reagirem por seus próprios meios, criarem seus sites, celebrarem parcerias com seus fornecedores, oferecerem condições melhores, principalmente em relação a frete e prazo de entrega.

Mas não, está agindo como o pai mimador que atira no vizinho que chamou seu filho de vagabundo só porque o menino abandonou a escola, não sabe escrever um “O” com um copo, amanhece e anoitece prostrado em um sofá na frente de um videogame.

Se cumprisse seu papel de Pai, dava um “pedala” no moleque e botava ele nos eixos, com mais um pouco de trabalho, mas com um resultado infinitamente mais positivo e duradouro.

Talvez prefira o caminho menos difícil porque ele é também o mais lucrativo, afinal a diferença entre os preços dos produtos vendidos pela internet e os vendidos no mercado paraibano é tão grande que ainda vai compensar comprar fora na maioria dos casos. Assim o governo faz a média com os empresários incompetentes, mas consegue mesmo é aumentar o caixa. E os incompetentes continuam como estão, dignos do mercado ainda extremamente amador no qual atuam.

Ah, com essa nova medida o governo também consegue gerar emprego e renda, através da volta dos “muambeiros” e do incentivo aos transportes clandestinos, que vão fazer caminho da roça para buscar os produtos que compraremos e mandaremos enviar para nossos amigos e parentes em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Mais gente nas estradas. Mais acidentes. Mais mortes!

Ser mais criativo não custaria nada e ainda geraria lucros.
Que tal pensar mais um pouquinho, governador, e reverter o quadro de maneira inteligente e inovadora?

Que tal DIMINUIR o imposto para vendas através da internet pelas empresas paraibanas que se disponham a criar e manter lojas virtuais, gerando empregos de verdade, invertendo o fluxo comercial e transformando a Paraíba em “exportadora”?

Que tal negociar com grandes sites de eletro-eletrônicos, entre outros produtos, também oferecendo incentivos fiscais, para que tragam seus Centros de Distribuição nordestinos para a Paraíba, enviando daqui para todo o Norte e Nordeste e deixando aqui seus impostos?

Pois é, quem diria, um governo tão plugado no mundo virtual fazendo uma besteira tão real...




PS.: se você também não concorda com essa lei ABSURDA, baixe a imagem abaixo e divulgue!






sábado, novembro 19, 2011

quinta-feira, novembro 17, 2011

quarta-feira, novembro 16, 2011

Petróleo muito, meu royalty primeiro

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Independente de toda a competência do senador Vital na definição da proposta de divisão dos royalties do pré-sal entre todos os estados brasileiros, a retirada desse dinheiro dos estados produtores nada mais é do que mais uma grande SACANAGEM do governo federal.

E não é porque a nossa pobre Paraíba está ganhando com mais esse golpe que a gente vai comemorar.

Além do mais, comemorar hoje pode se transformar no lamento de amanhã, a não ser que a gente fique torcendo para que a Paraíba jamais possua nenhuma riqueza natural que nos transforme em um estado rico e próspero, a exemplo do que tem feito o petróleo por aqueles que sediam nossas jazidas. Não custa lembrar que da nossa terra seca saem valiosas lâminas de granito, alguns tipos de minério de grande valor e a tão falada turmalina paraíba, a pedra preciosa mais valiosa do mundo. Se estas riquezas ainda não transformaram a realidade dos povos que habitam as regiões de onde são extraídas, a culpa é dos governos safados e dos nossos 99% de políticos corruptos, que permitem o contrabando a troco de “propinas” dignas dos nossos coronéis semi-analfabetos.

Voltando ao petróleo, bem ensina o inatingível senador Magno Malta: “Royalty não é lucro, é passivo ambiental”! Ou seja, o dinheiro que os estados produtores recebem da Petrobras não é, como o governo pretende que entendamos, “parte do lucro” auferido com o comércio da matéria bruta, mas, isto sim, uma compensação merecida pela retirada, de maneira simples, de uma parte do território, além de um meio de oferecer a cada estado os recursos necessários para recuperar a natureza molestada ou compensar os impactos ambientais provocados, sem falar nos desastres naturais que quase permanentemente ocorrem, com maior ou menor gravidade.

É como se alguém descobrisse petróleo no quintal da sua casa. Independente do subsolo não lhe pertencer, como dono da propriedade você teria direito a receber uma compensação pelo buraco feito, pelas máquinas instaladas, pela área que, apesar de continuar sendo sua, você não poderia desfrutar. Aí imagine que o seu vizinho, apenas por morar na sua rua, se achasse digno de dividir com você esta “indenização”.

Injusto, não é?

Pois é, injustos é o que nós estamos sendo, olhando apenas para nossos próprios umbigos e achando que pertencem a todos nós os royalties do petróleo do Rio e do Espírito Santo.

Mas será que não nos cabe parte nenhuma dessa conquista? Claro que cabe!

Mas a parte que caberia ficará com o "EXPERTO" governo central, que nos desgoverna há quase uma década e que provavelmente vai dividir entre a companheirada ex-proletária - nossos atuais ridículos nuveau riche -, os pelegos instalados em todos os órgãos da administração federal, os apadrinhados dos eleitos, os incompetentes não eleitos e os feudos disfarçados de partidos que dominam ministérios, agências, secretarias e afins.

342 milhões é muito dinheiro e pode ajudar muito a Paraíba. Mas será que vale a pena, pelos benefícios a serem gerados, nos tornarmos todos cúmplices de um ROUBO?
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terça-feira, novembro 15, 2011

domingo, novembro 13, 2011

sábado, novembro 12, 2011

sexta-feira, novembro 11, 2011

quarta-feira, novembro 09, 2011

Ficha Limpa: um sapo cabeludo



Em publicidade há um termo bem conhecido de quem trabalha com produção: o “cabelo de sapo”.

Funciona assim: quando a gente sabe que alguém, seja da agência ou do cliente, gosta de “mexer” nas peças, a gente deixa alguma coisa claramente fora do lugar, sobrando ou faltando só para o “buliçoso” pedir para alterar. No final, o material fica do jeito que a gente quer, como deveria ser, e o “intrometido” fica morto de satisfeito, achando que fez quase tudo.

O que o Congresso Nacional fez no caso da lei da Ficha Limpa foi mais ou menos isso.

Sempre que uma lei é proposta, seja na Câmara, seja no Senado, uma competentíssima equipe de especialistas se debruça sobre o seu teor para encontrar possíveis erros que prejudiquem, sobretudo, sua aplicação prática. E em um congresso com o nível de parlamentares que nós temos, nem precisa dizer o quanto essa turma trabalha.

Pois bem, no caso da lei da Ficha Limpa o Congresso deu uma de Diretor de Arte, ou Editor de Imagens, utilizando o recurso do cabelo de sapo. Só que exagerou na dose e botou uma peruca no pobre do batráquio!

O papel de “buliçoso”, neste caso, ficou para o Supremo Tribunal Federal, encarregado de verificar as falhas na lei e corrigi-las, quando necessário. E são várias!

O problema é que, graças à “malaquiagem” do legislativo, o judiciário está numa situação complicada, pois se fizer seu trabalho como deve ser feito beneficia aqueles que deveriam ser atingidos pela lei e se atender ao clamor da opinião pública desrespeita a si mesmo e abre espaço para outros episódios, atuando como um árbitro de futebol que apita “no grito”.

Alguns podem dizer que o problema foi incompetência do povo ao criar a lei, mas o fato da população ter se mobilizado como fez e a lei ter sido aprovada cheia de falhas só aponta para os verdadeiros culpados, que abdicaram de exercer seu papel de fiscalizar a criminalidade no poder público e agora agem para se livrar não apenas dos mal feitos do passado, mas, sobretudo, para garantir o direito de continuar fazendo-nos de bestas.

terça-feira, novembro 08, 2011

No cinema, o clichê começa na CAPA



Vai fazer um filme e não quer cair na vala comum do famigerado clichê? Comece tomando cuidado com a CAPA. Veja alguns exemplos...


1. Um drama amoroso ou uma história de superação que se passa numa praia, à beira de um lago ou às margens de um rio? Ponha pessoas pequenas numa praia (quase sempre em silhueta) e rostos projetados nas nuvens...





2. Alguém vai voltar para se vingar? Coloque-o de costas, sexy, com "aquele olhar" por sobre o ombro, quase sempre com uma arma...




3. Seu filme tem um casal ou dupla disputando alguma coisa ou passando por situações engraçadas? Fácil, coloque os dois costas com costas...



4. Casais na cama sempre são uma ótima solução, mesmo que o filme quase sempre tenha muito pouco ou nenhum sexo.


domingo, novembro 06, 2011

quarta-feira, novembro 02, 2011

Lula, o SUS, Eu e Você



O novo Lula
Na noite de 19 de abril de 2006, durante a inauguração das novas instalações do setor de emergência de um hospital em Porto Alegre, o então presidente Lula declarou: "Eu acho que não está longe da gente a atingir a perfeição no tratamento de saúde neste país". Praticamente se iniciava o último ano de seu primeiro mandato. Nem houvera começado o segundo.

Ainda naquele ano, o médico e candidato opositor a Lula na disputa pela presidência, Geraldo Alckmin, utilizou a declaração em todos os debates, embasado pelas pesquisas realizadas para a definição das estratégias de campanha, que revelavam a Saúde como o assunto que mais causava insatisfação na população.

Lula conseguiu reeleger-se e, quatro anos depois, eleger sua sucessora, Dilma Roussef, competindo sempre com candidatos ligados ao campo da Saúde. O outro, José Serra, se orgulha de ser chamado como o “Ministro dos Genéricos” e por suas vitórias na quebra de patentes de medicamentos para tratamento da AIDS junto à OMC. O programa brasileiro de combate ao vírus HIV criado por ele, este sim é considerado, mundialmente, próximo da perfeição.

Não foi a toa que Alckmin e Serra foram os candidatos escolhidos pela oposição para contraditar o sucesso do PT no governo federal. Se há problemas também na Educação, Segurança e Transportes, áreas não menos importantes, estes ainda podem ser considerados pontuais, pois atingem principalmente as zonas de maior ou menor concentração demográfica em condições e escalas diferentes.

No caso da Saúde o quadro é generalizado e não há como afirmar onde a situação é mais crítica. Nas maioria das grandes e médias cidades o caos está estabelecido, criado por uma série de fatores, entre os quais se destacam a má gestão, o desvio de verbas, a fraude na emissão de AIHs, o pagamento de comissões a políticos que viabilizam convênios, contratações de serviços e aquisição de equipamentos e medicamentos e o crescimento assustador da pior espécie de espírito corporativista, mercenário e insensível entre os “profissionais da saúde”, que agora se apresentam em sua maioria como mercadores de vidas, contradizendo todas as expectativas em relação ao “sacerdócio” que esperava-se terem abraçado.

Ao contrário do que o quadro de franco crescimento econômico e consolidação das políticas de governo faria entender, os quatro anos do segundo governo Lula não foram suficientes para excluir aquele “quase”.

Pelo contrário, o quadro agravou-se e o tema deveria ser mais uma vez o mais suscitado pelo velho ministro dos genéricos em 2010. Mas as pesquisas – sempre elas – apontaram de forma clara e óbvia que falar em Saúde no confronto com uma candidata recém-curada de câncer não seria boa idéia, pois serviria como bola cruzada para o discurso de quem “sentiu na pele” e estaria muito motivada a, finalmente, resolver a situação.

O tema foi bem menos utilizado do que poderia, a oposição perdeu grande parte do potencial discursivo e foi derrotada, mais uma vez. Desta vez, de certa forma, pelo câncer de Dilma.

E mais uma vez a expectativa não se converteu em realidade. A economia continua ditando as regras do governo, da mesma maneira que nos governos do PSDB.

Não há dinheiro para a Saúde, Segurança, Educação ou Transportes. Mas nossas reservas (dinheiro parado, rendendo juros muito baixos) nunca foram tão altas. Haverá bilhões para gastos com a Copa e as Olimpíadas, embora elas não influam nada na melhoria dos serviços de Saúde e Educação e muito pouco na qualidade dos transportes e no aumento permanente da segurança.

Basta um telefonema da presidente para que o Banco Central libere milhões e milhões de dólares, aplacando a ganância de bancos e investidores internacionais e forçando o aumento de alguns centavos no dólar.

Mas para uma mãe dar à luz um filho, uma criança receber o medicamento que salvará sua vida, um homem ser operado e poder voltar a trabalhar e sustentar a sua família ou um idoso ter autorizada sua internação numa UTI que lhe dará a sobrevida merecida, todos os dias, brasileiros são obrigados a se humilhar em recepções de hospitais, denunciar à imprensa ou buscar na Justiça os seus direitos.

Que tipo de orgulho pode ter um governante que tenha a exata noção de que gente morre todos os dias por sua causa?

Que tipo de consciência tem uma pessoa assim, independente do que de bom esteja fazendo e das intenções que possua?

Que país é este onde a manutenção VIDA não é a primeira prioridade, anos luz à frente de qualquer outra?

Que tipo de tratamento teria um homem que fumou e bebeu, em alguns momentos com certos exageros, ao longo de toda sua vida adulta, ao ser comunicado por um médico do SUS de que estaria com um tumor maligno causado principalmente por esses dois fatores?

Se você já foi atendido (se é que àquilo pode se chamar “atendimento”) em qualquer serviço típico do SUS, você deve ter a exata noção de como seria dada essa notícia.

E como seria o “tratamento” na maioria dos serviços de oncologia mantidos pelo SUS?

Pois é, eu também acho que seria assim...

Independente de discutir como seria o tratamento de Lula no SUS, pois seria o cúmulo do oportunismo se alguém, a essas alturas, tivesse a brilhante ideia de tentar nos convencer de que a “perfeição” finalmente foi atingida e fizesse com Lula uma espécie de Big Brother SUS, é NECESSÁRIO que ele e o Brasil se utilizem de sua doença para discutir não apenas a abrangência e as taxas de sucesso dos tratamentos de saúde oferecidos pelo SUS, mas, sobretudo, para tentar sensibilizar todos os envolvidos no processo – do Ministro da Saúde ao auxiliar de enfermagem do mais longínquo PSF – de maneira a fazê-los perceber e reagir de maneira minimamente sensibilizada ao sofrimento de pacientes e familiares que se veem inesperadamente diante da descoberta e enfrentamento de uma doença grave.

O que, absolutamente, não acontece hoje.

Mais do que propor a experiência de como seria se Lula se tratasse no SUS, segundo o padrão de atendimento atual, precisamos propor a experiência do que seria necessário para que o SUS pudesse tratar Lula como ele, eu, você e qualquer outra pessoa merecemos.

Mais do que se preocupar em maximizar a imagem mitológica criada e alimentada pelo PT em torno de seu líder maior, precisamos aproximar ainda mais Lula da humanidade à qual ele pertence debatendo como seus maus hábitos podem tê-lo feito chegar a esse momento.

Não tenho a menor dúvida de que Lula vencerá mais esta batalha "like a boss".

Não pela excelência do atendimento que recebe, mas, principalmente, pela sua coragem, força e fé.

Não tenho, também, qualquer dúvida em relação a como ele será, dentro em breve, um grande embaixador da causa dos doentes de câncer do Brasil.

Tanto quanto Lula precisa do nosso apoio, o Brasil precisa do nosso debate, do nosso senso de responsabilidade social e do nosso poder de argumentação, para que outros - fumantes e consumidores de álcool - não sejam atingidos pelo mesmo mal e, caso sejam, tenham o tratamento eficiente, digno e humanizado que qualquer um merece.

Utilizemos Lula como um exemplo do que ele sempre se propôs a ser: um homem, como nós.

terça-feira, novembro 01, 2011