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quarta-feira, maio 22, 2013

Publicidade online: nada é de graça



Desde que aconteceu o tão falado boom das redes sociais que os mais diversos tipos de empresas vêm buscando formas de atingir seus clientes – atuais ou potenciais – utilizando-se dos meios disponibilizados pelos mais famosos sites e plataformas de interação social, sendo os mais destacados neste momento Facebook, Twitter e Instagram, além dos já tradicionais sites e dos renovados blogs, que têm evoluído muito recentemente com a implementação de técnicas de gerenciamento profissional por parte de seus proprietários.


Os sites não morreram, nem morrerão.

As páginas virtuais na world wide web – www – que foram o verdadeiro startup dessa revolução comunicacional pela qual a humanidade passa, oferecendo a qualquer pessoa ou empresa a oportunidade de mostrar sua cara, serviço ou produto na rede, ao contrário do que muitos pensam – e falam – continuam sendo um espaço obrigatório para ser ocupado por qualquer marca que queira ter algum destaque em sua área de atuação.
Uma pessoa pode ter um sítio no campo ou uma casa na praia, mas isso não lhe permite deixar de ter sua casa na cidade onde efetivamente mora e trabalha. O site é assim. Você pode ter diversos canais e ferramentas para atingir o seu público, mas não pode prescindir de um endereço virtual onde as pessoas possam encontra-lo com a maior facilidade possível.

Mas o que realmente impressiona não é o fato de algumas pessoas acreditarem que os sites não são mais tão efetivos quanto antes, o que me assusta é saber que a grande maioria das empresas existentes no Brasil, algumas com respeitável estrutura física e sólidas estratégias de marketing, ainda não têm páginas na internet e, das que têm, a grande maioria são espaços estáticos, sem qualquer tipo de atrativo ou utilidade, seja para a empresa, seja para o visitante, na maioria das vezes completamente abandonados, cheios de traças e teias de aranha virtuais.

Grande parte dos empresários locais, que nunca se preocuparam em fazer um site para a sua própria empresa, saem por aí dizendo que “Internet não funciona. Se funcionasse, a concorrência já tinha entrado.” Normalmente se referem aos seus concorrentes do mesmo porte e mercado, que, com o mesmo pensamento arcaico também fogem da inovação. Se observarem o que realmente funciona em seus setores terão que admitir que a internet e suas ferramentas são o grande diferencial.

Mas também tem o empresário chega pra você e diz que não acredita na força da internet porque mandou “um cara que mexe com computação” fazer uma página, que “ficou até boa”, e que, mesmo assim, nunca conseguiu um negócio através do site. Se for este um caso parecido com a maioria do que vemos por aí, podemos até complementar: com toda certeza, alguns clientes potenciais devem ter sido espantados pelo site.

O mais importante a entender sobre sites hoje em dia é que eles precisam, antes de mais, serem ÚTEIS para quem os visita. É preciso entender o que as pessoas querem quando visitam o site da sua empresa e entregar-lhes estas informações da forma mais simples e direta possível. Sinceramente, quem quer saber, em um primeiro contato, a história do homem que fundou a empresa, ver as fotos da obra de reforma do prédio do depósito ou entender como funciona o complicado processo de desenvolvimento do seu produto ou serviço? De maneira geral, as pessoas querem saber onde fica, como chega, quanto custa, onde vende, como paga, quando chega, onde entrega... enfim, tudo o que a gente quer saber quando entra numa loja ou empresa para comprar um produto ou contratar o serviço. Ah! E as pessoas também querem VER o seu produto ou serviço da melhor maneira possível. Não tem nada mais assustador do que fotos e vídeos mal feitos do que você vende ou faz. Aí, mais uma vez, o amadorismo impera.

Você comeria aquele sanduíche maravilhoso do cartaz se ele fosse mostrado no cartaz como realmente é? Claro que não, ou, pelo menos, pensaria duas vezes. A produção de conteúdo para sites em todo o mundo é nivelada por baixo, afinal a realidade online é nova em todos os lugares, mas não é porque está todo mundo fazendo errado que você irá fazer também, não é? Todas as empresas que conseguiram se destacar na internet de maneira planejada e profissional o fizeram graças, principalmente, a uma boa qualidade de seus conteúdos (textos, imagens, vídeos etc) e à criatividade como eles foram criados, produzidos e veiculados.

A internet hoje é um ambiente de BUSCA e o principal objetivo de qualquer empresa deve ser tornar-se o ALVO preferencial dessa busca e para isso a palavra mágica do momento é SEO (Seach Engine Optimization ou otimização para motores de busca), um conjunto de estratégias e ferramentas que têm como objetivo principal melhorar o posicionamento do seu site quando as pessoas pesquisam por assuntos relacionados ao que você e sua empresa têm a oferecer.

Em síntese, não adianta ter um bom site se as pessoas não conseguirem encontra-lo e, em contrapartida, não adianta fazer as pessoas encontrarem você na internet se você não tiver algo que seja realmente bom para que elas vejam e escolham a sua marca.


Mídias Sociais: O sonho realizado

Imagine que o mercado é um grande shopping center, com um mix perfeito e produtos e serviços que agradam a todos os membros de uma família, mas que grande parte deles agrada apenas uma pequena parte da família. Os garotos querem ir para o parque, as meninas querem ficar na praça de alimentação, o pai quer ir ao café, a esposa quer comprar aquele perfume e o avô e a avó querem ficar na praça de convivência, vendo a vida passar calmamente.

Como mostrar a cada um o que cada um quer utilizando, por exemplo, o tradicional espaço de 30 segundos durante a programação da televisão?

Como garantir que eles assistam ao programa onde seu comercial será veiculado exatamente naquele dia?

Como fazer com que eles prestem atenção ao seu comercial durante todo o tempo em que ele estiver sendo veiculado, sem o latido do cachorro ou o barulho do caminhão passando na rua?

E, finalmente, como anunciar de uma maneira que APENAS quem realmente tem interesse no seu produto veja e, na hora em que estiver vendo, esteja interessado e concentrado no que você tem a dizer?


A resposta é simples: MÍDIAS SOCIAIS!

Com anúncios bem planejados na internet você pode direcionar a sua mensagem para cada faixa de sua clientela atual ou potencial, definindo aspectos como zona geográfica, faixa etária, nível sócio-cultural, horário, interesses e vários outros aspectos que farão com que o seu produto seja mostrado exatamente na hora em que alguém estiver interessado por ele, de uma maneira que convença de fato aquela pessoa a decidir escolher pelo seu e não pelo produto ou serviço de seu concorrente.

A publicidade através de mídias sociais é 100% configurável e altamente segmentável, o que garantirá que cada campanha sua tenha os três aspectos mais importantes a se considerar quanto à eficiência de uma mensagem comunicacional: ALCANCE – RELEVÂNCIA – RETORNO.

Se você alcança o seu cliente onde ele está, no momento em que ele quer ser alcançado e está interessado no seu produto ou serviço e mostra a ele que a sua empresa atende às suas necessidades e expectativas como consumidor, fica claro que a possibilidade de efetivação da contratação é muito maior do que qualquer outra mídia pode oferecer.


E quanto custa?

O principal diferencial do investimento em publicidade online atualmente é que, além de todos os aspectos positivos já demonstrados, o investimento é feito de acordo com as possibilidades do anunciante. Se a sua empresa pode atender satisfatoriamente a 10 clientes por dia não há motivo para investir numa mídia que atrairá 100 clientes. Este é o grande trunfo da publicidade na internet, ela só traz para a sua empresa o cliente que realmente está interessado em fechar negócio, e, mais importante, numa quantidade que você possa atender sem prejudicar sua rotina e sua imagem. Não que ela não possa trazer milhões também. Ela pode sim, desde que eles existam.

De maneira simplória, é possível investir um real na internet e, o que é mais impressionante, com garantia de resultado. Mas também é possível – e indicado – investir um pouco mais ou até muito mais, dependendo do seu interesse, pois a internet tanto funciona bem em se tratando de vendas rápidas como se mostra extremamente eficiente quando se fala em estratégias permanentes de startup, desenvolvimento e manutenção de branding.

O que é preciso entender, para resumir, é que:

1. É possível desenvolver uma estratégia completa de marketing na internet utilizando apenas espaços e ferramentas gratuitas, mas esse trabalho não pode ser considerado profissional e não há notícias de que qualquer empresa ou instituição que acredite seriamente nas mídias sociais o faça.

2. A publicidade na internet, de uma forma geral, e nas redes sociais tem custos de veiculação absurdamente menores do que na mídia tradicional quando se analisa aspectos como relevância, alcance e retorno do investimento, mas demanda um tratamento muito mais meticuloso tanto no planejamento quanto na produção e, por consequência, na veiculação, que precisa ser monitorada e ajustada permanentemente, utilizando-se de ferramentas de análise e métricas, mas, principalmente, de sensibilidade por parte de quem execute o trabalho.

3. A fórmula de sucesso para um bom investimento, com retorno garantido, em mídias sociais congrega:

a.    Uma estratégia bem planejada e um bom arsenal de táticas de gestão de conteúdo e interação, para atingir de maneira efetiva o público-alvo, diferenciar a própria mensagem da mensagem da concorrência e evitar desperdícios de exposição;

b.    A escolha correta dos formatos e canais onde será veiculada a mensagem, sempre focando no target e considerando o cenário e o contexto, e a qualidade do material produzido, com extremo cuidado em relação a aspectos como correção gramatical, coesão textual e estética audiovisual, ou seja, saber como atingir cada público com uma mensagem que o atraia e, sobretudo, que não prejudique o anunciante.


Mas nada é de graça...

O novo modelo de publicidade praticado pelas grandes corporações que hoje dominam a internet – e, por que não, o mundo – tem foco na gestão, ou seja, Google e Facebook cobram muito menos, por exemplo, do que uma emissora de TV ou de rádio, mas, em compensação, praticamente não têm nenhum trabalho no processo de veiculação. É tudo controlado pelo gestor.

Se em uma emissora de TV ou de Rádio você entrega os anúncios e a empresa se encarrega de programar de acordo com o mapa entregue e faz todo o trabalho de operacionalização, na internet é como se a empresa abrisse suas portas para o gestor de mídia entrar e permanecer lá durante todo o período da campanha, com a possibilidade de mudar tudo em tempo real, com ajustes em relação ao canal, ao público, ao valor dos anúncios e ao volume da exposição.

Sem falar que a mídia online permite, sem nenhum custo adicional de veiculação, que o anunciante veicule campanhas completamente segmentadas. É possível, para se ter uma ideia, veicular uma campanha no Facebook apenas para mulheres jovens noivas, estudantes universitárias, de 22 anos e moradoras de um determinado bairro da cidade. Sendo assim, uma empresa que tem 10 departamentos com perfis de público distintos pode criar, produzir e veicular campanhas direcionadas para cada um desses públicos sem nenhum custo adicional de veiculação e com controle absoluto de todo o processo, da ideia original às métricas de repercussão quantitativa e qualitativa, sem nenhum aumento dos investimentos em veiculação, mas, óbvio, com significativo implemento do trabalho de planejamento, gestão e monitoração.

E é aí que o bicho pega!

Como convencer um anunciante acostumado a investir na mídia tradicional e sem nenhum conhecimento da dinâmica dos processos midiáticos do universo online que daquele investimento proposto a maior parte vai para o parceiro local e não para o grande conglomerado de mídia mundial?

O modelo de negócios das gigantes mundiais é que explica essa lógica.

Ao contrário de uma emissora de tv, por exemplo, que cria, desenvolve, produz, veicula e promove todo o seu conteúdo o Google não produz absolutamente conteúdo nenhum. Ele é apenas um mecanismo de pesquisa, que nos ajuda a encontrar o que queremos, seja um site, um blog, um documento, uma foto ou um vídeo. Da mesma maneira acontece com o Facebook, Twitter, Instagram e todas as redes sociais. Assim, a não existência do custo de produção de conteúdo e do custo de operacionalização, aliada à presença ao mesmo tempo completamente global e extremamente local – no que toca às possibilidades de segmentação de mídia –, complementada por uma estrutura comercial toda automatizada, faz com que, obviamente, os custos ofertados por esses canais sejam absurdamente baixos quando comparados à maioria dos veículos tradicionais, especialmente quando mensuradas as suas vantagens no tocante aos já citados aspectos da relevância, alcance e potencial de retorno.

O mercado de anúncios online, principalmente nos mercados periféricos, infelizmente ainda está dominado por amadores e curiosos, sem qualquer tipo de conhecimento específico ou competências no setor de comunicação e marketing. O foco na tecnologia e não na relação anunciante-consumidor tem feito com que muitas campanhas com boas qualidades nos aspectos técnicos naufraguem por falta de qualidade das peças de divulgação ou de conhecimento do mercado. Esses fracassos, infelizmente, têm cooperado para que haja um alto nível de ceticismo por parte do mercado e só iniciativas bem sucedidas e casos exemplares podem influenciar numa mudança de rumo que repercutirá como um mercado mais profissional e refratário aos “analistas de tutorial”, ainda muito em voga no momento atual.

Cabe agora aos que têm o poder de decisão quanto às estratégias de comunicação das empresas entenderem as possibilidades e potencialidades desse mundo novo e obedecerem a critérios sérios de escolha dos seus profissionais de comunicação em mídias sociais. Teoricamente não será nada difícil, já que o critério principal da escolha será o que rege basicamente todas as operações comerciais do mundo moderno: os resultados.

* Emerson Saraiva é Publicitário, Produtor Audiovisual, Jornalista, Diretor de Arte e Mídia e Professor do Curso de Publicidade e Propaganda na faculdade Cesrei, em Campina Grande.

PREVISÃO DO FUTURO




Acho que aprendi a fazer previsão do futuro.


Todo dia vejo:

- Pessoas divulgando uma nova maneira super inovadora de ganhar muito dinheiro com pouco ou nenhum trabalho, um tal de "marketing multinível", ou ficar em casa lendo e-mails e clicando em anúncios, mas que daqui a algum tempo, quando saírem as notícias de que era apenas mais uma pirâmide ou um método antiético de faturar com publicidade online, ficarão bem caladinhos, mortos de vergonha de sua "ingenuidade", torcendo pra ninguém lembrar que eles faziam parte e falavam maravilhas do método revolucionário (usado há séculos para enganar trouxas de todos os tipos).

- Pessoas solicitando que mudemos as nossas configurações do Facebook porque descobriram um plano mirabolante de Mark Zuckerberg para invadir nossas informações e utilizar os dados que nós mesmos fornecemos para desenvolver uma forma maquiavélica de nos controlar e nos deixar viciados em sua rede social e nos produtos que ele anuncia, como se ele não já fizesse isso há muito tempo e como se não soubessem que a única forma de proteger nossas informações é NÃO FORNECE-LAS.

- Pessoas reclamando do trabalho e da vida, mas que logo em seguida colocam uma foto de alguém com problemas muito maiores - na maioria das vezes deficiências físicas ou doenças - e condenam quem reclama de sua vida quase perfeita.

- Pessoas usando o nome de Deus absolutamente em vão, como se demonstrar sua religião nas redes sociais fizesse com que quem realmente lhes conhecem e a si mesmos esqueceram do quanto estão distantes dos ensinamentos cristãos.

- Pessoas que acreditam que apagar as besteiras que fizeram no passado é posar de bonzinho e divulgar o máximo de mensagens religiosas na internet, sempre pedindo - quase exigindo - para que quem realmente acredita em Deus curta ou compartilhe (quem não fizer isso provavelmente irá para o inferno) e acreditando que a mudança tão exigida na igreja é apenas divulgar "a mensagem" no "Face" e que o resto todo pode ficar como está.

- Pessoas que condenam as religiões como se elas - as religiões - tivessem sido criadas e fossem "pessoalmente" administradas por Deus - NÃO FORAM, NÃO SÃO! - e declarando-se incrédulos ou ateus, mas que na hora do primeiro aperreio gritam "Ai meu Deus" e correm para a primeira igreja para fazer as promessas mais estapafúrdias.

- Pessoas exaltando o amor e declarando amor eterno e incondicional, mas que daqui a algum tempo estarão colocando fotos com indiretas sobre como não se deve dedicar a vida a um relacionamento e como é bom viver sozinho e curtir a vida.

- O contrário do anterior.

- Pessoas que condenam tudo isso, mas que em um momento ou outro fazem a mesma coisa... ;-)

segunda-feira, maio 13, 2013

O que acontece com o fim das torcidas organizadas em Campina Grande?



Ao invés de comprar camisas e outros produtos das torcidas, os torcedores comprarão produtos originais dos clubes, contribuindo com o caixa das equipes;

Ao invés de se associar a torcidas e bancar suas sedes e eventos, os torcedores poderão se associar diretamente ao time e ajudar a manter sua estrutura;

Os clubes (ou seus patrocinadores) não mais precisarão destinar ingressos, transporte ou dinheiro para a confecção de bandeiras e outros adereços, economizando dinheiro e produzindo suas próprias bandeiras, pequenas e seguras, e outros produtos para venda aos torcedores e arrecadação financeira;

Pessoas que temem a violência entre torcidas se sentirão à vontade para frequentar os estádios;

Crianças e jovens passarão a torcer pelos times e não pelas equipes.

Ao invés de depender dos dirigentes de torcida para segurar bandeirões ou organizar ações de apoio ao time, os clubes poderão contratar empresas especializadas de publicidade e promoção, com garantia de retorno financeiro.

Cabe aos clubes e não ao Ministério Público ou qualquer outro órgão refletir sobre a efetiva função das torcidas organizadas e os benefícios reais que elas oferecem aos times e defender a sua existência, RESPONSABILIZANDO-SE PELOS SEUS ATOS.

quarta-feira, maio 08, 2013

O PASTOR ESTUPRADOR




Segundo as investigações, o pastor Marcos Pereira, preso na noite de ontem na baixada fluminense, não é só estuprador. Ele estuprou, forçou as mulheres a ter relações com outras pessoas, contratou médicos para fazerem abortos em suas vítimas e matou quem tentou lhe chantagear com imagens de suas orgias.

Psicopata completo, inclusive pelo fato de se passar por pastor evangélico e conseguir convencer toda a sua congregação de que era um legítimo representante da palavra de Deus.

Não custa lembrar, ele não é criminoso porque é pastor, mas serve como exemplo de que o fato de ser pastor, padre ou líder de qualquer religião ou doutrina não livra ninguém de praticar os mais hediondos crimes.

Assim como não ser religioso, ou ser mulher, negro, gay ou roqueiro NÃO é capaz de transformar qualquer pessoa em algo que ela realmente não seja, pro bem ou pro mal...

Portanto, acredite ou não em Deus, guie-se pela sua relação - ou ausência dela - direta com Ele e não pelas possíveis interpretações que lhe forem apresentadas por quem se denomine ou seja denominado seu representante ou comprovador de sua inexistência.

“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em  todas  as  épocas da Humanidade.”

E SE VOCÊ MORASSE NA FAVELA DA CORÉIA?


Casas e carros metralhados na madrugada. A quem reclamar?

A nova modinha das redes sociais é defender os policiais cariocas que participaram da operação que resultou na morte do traficante Márcio José Sabino Pereira, mais conhecido como "Matemático".

Mais uma vez, as pessoas tentam reduzir a discussão ao discurso "bandido bom é bandido morto" e, para isso, usam dos argumentos mais absurdos.

Por exemplo, comparam o caso ao dos irmãos russos que detonaram as bombas na maratona de Boston, alegando que os policiais americanos foram elogiados e os nossos estão sendo investigados. Para isso, usam as imagens das câmeras com visão térmica. Esquecem que no caso americano a câmera foi utilizada para encontrar o fugitivo dentro de uma lancha, saber exatamente em que lugar ele estava e se não estava armado. Ao invés de tiros do helicóptero, os policiais jogaram bombas de gás dentro do barco e prenderam o acusado vivo.

Falam que os representantes dos direitos humanos estariam acusando os policiais pela
Prisão de Dzhokhar Tsarnaev em Boston: nenhum tiro disparado.
operação e que eles não defendem quem realmente merece, que são os doentes em hospitais, as crianças abandonadas etc. Quem está solicitando o desarquivamento do inquérito é o Ministério Público e não para defender o traficante, mas para averiguar por que a perseguição a tiros não consta da versão apresentada pelos policiais. 

Afinal, se a maneira como a captura se deu foi correta que motivo teriam os policiais para apresentar outra história?

Quanto aos direitos humanos, é preciso parar com essa mania de dizer que eles só defendem bandidos. Os direitos humanos defendem sim os pacientes maltratados em hospitais, as crianças abandonadas e as mulheres violentadas, mas isso não dá matéria em jornal, então é bem melhor apenas critica-los quando investigam excessos policiais ou mal tratos a presos que, mesmo em uma mínima parte, podem ser inocentes ou, mesmo culpados, não há justificativa para que sejam tratados como animais, a não ser que a sociedade deseje deles o troco em revolta e vingança na volta à liberdade.

Visita de um representante dos Direitos Humanos a um
hospital. Notícia que não "vende" jornal.
E, finalmente, o que você acharia de ter um helicóptero sobrevoando a sua casa durante a madrugada atirando com balas de alto calibre e atingindo várias casas e prédios da rua, com perigo de atingir você e sua família. Alguns dirão: "Ah, mas eu não moro em favela. Quem mora em favela é tudo traficante!" Outros dirão "Mas ninguém foi atingido, ninguém reclamou, ninguém procurou a imprensa para denunciar." Você acha que é possível a uma pessoa que mora em uma favela dominada pelo tráfico reclamar que houve um tiroteio em sua rua durante a madrugada e que várias balas atingiram sua casa? Vai reclamar a quem, aos bandidos que dominam a área ou aos policiais que invadiram a região "quebrando tudo"?

Se fosse numa rua de um bairro de classe média ou alta, se fosse na SUA rua você não estaria defendendo a operação. Se fosse em uma rua onde houvesse pessoas com liberdade para denunciar arbitrariedades e cobrar punição por falhas de procedimento obviamente os próprios policiais não teriam coragem de sair dando tiros a torto e a direito como deram na favela da Coréia.

O que os policiais demonstraram não foi coragem e competência. Competentes seriam se tivessem apreendido o bandido vivo e sem disparar um único tiro, como fizeram os policiais de Boston. Corajosos seriam se tivessem peito para entrar na favela e combater cara-a-cara os traficantes que dominam até hoje a região, impondo o medo não apenas aos moradores do local, mas, sobretudo, aos que deveriam ali manter a paz e a ordem.