Na defesa feita pelos que apoiaram a permissão para o aborto de bebês anencéfalos, o principal argumento foi de que seria impor um sofrimento desnecessário fazer com que pais esperassem meses por uma criança que eles saberiam que não iria sobreviver.
E quem vai sobreviver?
O velho pai que tem problema cardíaco vai sobreviver? Então por que não o matar logo? Para que ficar esperando e tentando soluções paliativas?
A avó acamada, que não fala, não ouve, não vê, não anda. O que a difere de uma criança anencéfala? Porque não executá-la?
E o pobre primo deficiente, que jamais se tornará um membro "produtivo" da sociedade? Para que ele "serve"? Por que mantê-lo vivo? Apenas por causa daquele olhar, daquele sorriso, daquele abraço?
O que você daria para ter mais 10 dias, 10 horas, 10 minutos com aquela pessoa que já se foi, mesmo que "só" fosse permitido olhá-la nos olhos e ver em sua face todo o amor do mundo, sem qualquer sombra de maldade?
Mesmo sabendo que ela voltaria apenas para ter esses tênues momentos de afeição e mais nada, você esperaria 9 meses? E nove anos? E noventa?
Em poucos momentos se aprende mais do que em uma vida inteira.
Em algumas horas com uma criança que você esperou durante nove meses é possível aprender mais sobre amor, caridade, perseverança, superação, desapego e sobre a VIDA do que ao longo de várias existências.
A Justiça brasileira tirou, hoje, de alguns brasileiros, a oportunidade de grandes progressos espirituais, mas, curiosamente, concedeu a todos nós a possibilidade de demonstrar de maneira muito mais verdadeira o real entendimento das leis de Deus.
A Justiça nos fez um BEM.
Que a consciência dos senhores Ministros esteja limpa.
Já que a eles foi dada a oportunidade de ter cérebros nesta vida, muito bom seria se eles pudessem ter certeza de que fizeram bom uso deles.
E que a decisão de hoje, se o for, seja a única exceção.
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