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quinta-feira, abril 26, 2012

UEPB: Por uma eleição Digna


Iniciado oficialmente o processo de consulta pública à comunidade acadêmica para a indicação do novo reitor da UEPB, estou torcendo sinceramente para que a “campanha eleitoral” finalmente comece.

De Fato.

De Verdade.

É insuportável o número de e-mails que eu e outros colegas estamos recebendo com acusações e denúncias absolutamente infundadas, baseadas em disse-me-disse e no moído de alguns insatisfeitos que não cansam de estrebuchar por não terem interesses atendidos ou por terem benesses extintas.

Até agora não recebi UMA mensagem com propostas claras e exequíveis.

Sei que é um clichê de qualquer campanha, mas concordo que ao eleitor o que mais interessa é saber o que os candidatos pretendem realizar e não o que as pessoas acham disso ou daquilo. É óbvio que o histórico é importante, afinal quem nunca fez nada não terá jamais a condição de garantir que fará alguma coisa. Currículo é muito importante nessa hora, mesmo se for um currículo negativo, que nos ajude a decidir não votar naquela pessoa, mas currículos são feitos de documentos, realizações, eventos reais e não estorinhas e cavilações maldosas.

Se alguém tem uma opinião puramente pessoal a respeito de algum candidato que não mereceu a sua preferência, que guarde para si e use da melhor maneira na hora do voto. Opinião não é fato. É pessoal, subjetiva, inapropriada para um processo que se pretende que decida os próximos quatro anos do maior patrimônio cultural da Paraíba, atualmente ameaçado e extremamente carente de uma verdadeira corrente social de união em defesa de sua estabilidade política e institucional.

Será que esquecemos que para que possamos garantir nossos direitos comunitários é fundamental que, antes de mais nada, deixemos de lado nossas querelas particulares e lutemos pelo conjunto do qual fazemos parte? Primeiro nós, depois eu.

Obviamente faz parte do processo a divulgação de fatos que possam desabonar algum candidato, mas devem ser fatos, e não factóides, tratados como verdadeiros escândalos na falta de denúncias reais e comprovadas.

Essas ainda não apareceram.

Muita retórica, muito rame rame, nenhum documento.

Se é com o uso desse tipo de argumento que alguns acreditam poder lograr êxito em suas campanhas, só demonstram, por um lado, que não têm nada que realmente possa enfraquecer os seus oponentes e, por outro, que não têm mais nada para mostrar, pois utilizam o pouco tempo que temos para tentar destruir os demais ao invés de construir suas próprias imagens.

Não é transformando o outro em mau que alguém se tornará bom. Numa disputa democrática o importante é ser o melhor, independente de quão bom os outros sejam.

Minha esperança é que no momento em que os candidatos de verdade entrarem em cena a situação mude, pois, para meu contentamento, até agora não recebi nenhuma dessas baboseiras produzida por nenhuma candidatura, embora saiba bem a quem servem - ou querem servir - os seus autores e quais interesses realmente não foram atendidos para que tenham tantas mágoas e tanta disposição para a vitimização e denuncismo.

Tenho esperança que os candidatos cujos apoiadores estejam se utilizando de meios de divulgação em massa para tentar denegrir a imagem de pessoas que sequer participam do processo consigam controla-los e mostrar-lhes um caminho diferente, propositivo, positivo e construtivo, onde todos têm a ganhar, afinal, passada a eleição a UEPB deverá se unir ainda mais em torno de questões que interessam a todos e não apenas a uns poucos que tiveram seus interesses, nem sempre legítimos, atingidos.

Caso haja dificuldade em convencê-los, basta usar a máxima primária do marketing eleitoral: "Em campanha política, quem bate apanha".

Ao final do processo, o candidato de alguns será o Reitor de todos e a todos deverá respeito e atenção, desde que merecidos. Os que não merecerem não se iludam, não serão respeitados, pois o perfil de nenhum dos candidatos se coaduna com certas posturas de paspalhice e criancice que alguns teimam em manter, mesmo tendo inteligência suficiente para saber o quanto idiotas se fazem ver por qualquer um que tenha o mínimo de bom senso.

O caminho mais rápido e tranquilo para se ter algo é construindo. Para se destruir alguma coisa é preciso ter motivos fortes, insofismáveis e não opiniões pessoais baseadas na emoção e no rancor. Pior, contra fatos e realizações reconhecidos em âmbitos sob os quais não tem a atual administração da UEPB qualquer tipo de influência, quiçá algum controle.

Que possamos continuar o processo de construção da UEPB, seja com quem for à sua frente, unidos e conscientes da força dessa união.

Tenho comigo o compromisso de que quem quer que seja que saia vitorioso da disputa do próximo dia 16 terá o meu apoio incondicional, pois não acredito de nenhuma maneira que haja nenhuma pessoa minimamente mal intencionada entre os que disputam um posto que exige tanto de seu ocupante e que oferece muito mais agruras do que comodidades.

Que tenhamos, como é de se esperar de uma instituição formada em sua totalidade por pessoas capazes, competentes e conscientes de seu papel social e político, um processo eleitoral sem baixaria e sem infantilidade, com responsabilidade e bom senso.

E que vença o(a) melhor!

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