Faltando pouco menos de nove meses para o primeiro turno das
eleições 2012, o processo gestacional do pleito encontra-se em estado adiantado
na capital política da Paraíba.
Enquanto a capital administrativa vive dias de
grande instabilidade em todas as correntes políticas, Campina Grande já conta com
pelo menos cinco candidaturas “aparentemente” consolidadas. Explico o “aparentemente”.
Em primeiro lugar porque temos muito prefeito pra pouco vice. Não se sabe se
alguns candidatos à cabeça da chapa cairão de posto através das tradicionais
composições ou se alguns partidos rifarão seus pretensos candidatos priorizando
a chapa proporcional. O fato é que Daniela, Guilherme, Marlene, Romero e
Tatiana estão, segundo os seus partidos e principais apoiadores, confirmados na
disputa. Ainda teremos o PSOL (que venha David outra vez!), que não foge à
luta; o professor Washington, que o PV afirma que vai bancar; e o empresário
José Arthur “Bolinha”, do PTB, que também era candidato certo na eleição
passada e terminou satisfeito com a coordenação da campanha de Rômulo Gouveia.
Se tivesse que apostar em quais candidaturas realmente
deverão se consolidar, apostaria apenas em Daniella e Marlene. Dos demais,
Tatiana está com o prego batido pelo prefeito, mas o senador ainda não virou a
ponta. No caso dos dois restantes, sinais de fumaça apontam no horizonte
possibilidades de mudança.
E o horizonte no qual esses sinais podem ser vistos é a
internet. Na falta de um único site jornalístico confiável e isento em todo o
estado, o jeito é “ler” as entrelinhas das notícias e as timelines dos perfis das redes sociais.
No caso das notícias, destaco uma na qual o prefeitável
Guilherme Almeida “ameaça” apoiar Daniella no segundo turno. Inobstante ser a
mais burra das estratégias um candidato assumir que não irá ao segundo turno
com nove meses de antecedência, há um claro sinal de chantagem no ar. Se é para
conseguir ser o “segundo piloto” da equipe ou o “co-piloto” da nave, não sei
precisar, mas que tem um recado encriptado
na mensagem, isso tem.
E nas redes sociais, outros sinais são visíveis. Na candidatura oposicionista, estranhei esta semana ver divulgação de um artigo
no qual o vereador João Dantas “defendia” a candidatura de Romero Rodrigues.
Mas candidatura consolidada precisa ser “defendida”? Para completar, ainda hoje
vi uma tuitada de alguém dizendo que o candidato tinha que ser Rômulo Gouveia.
Quando olho melhor, percebo que o texto havia sido retuitado pelo próprio
vice-governador, que já declarou o seu apoio a Romero. Estranho. Muito estranho.
O outro caso que me chamou a atenção no twitter foi o fato
da candidata Daniella Ribeiro, que tem hoje, de longe, a pré-campanha mais bem
estruturada (seja no mundo real, seja no virtual) da cidade, ao fazer
comentários “ao vivo” sobre a entrevista da médica Tatiana no programa de Luís
Torres, receber um efusivo elogio de uma das mais importantes e influentes
dirigentes petistas na cidade, a professora Socorro Ramalho, confirmando a
suspeita que um passarinho me contou de que o senador provavelmente vai deixar
o prego sem virar, preferindo colocar uma tachinha que leva sob sua asa na
chapa da filha de Enivaldo.
Se não for nada disso, no mínimo o que estamos vendo são sinais de falta de preparo, planejamento, coordenação e sincronia nas ações de alguns candidatos nos meios de comunicação jornalística e social. Será que ainda pensam que a campanha só começa realmente em julho?
E viva as mídias sociais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário