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quarta-feira, janeiro 18, 2012

O acidente de Shaolin

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Por volta de 1996, depois de seu primeiro grande sucesso de bilheteria no Teatro Municipal, Shaolin juntou um bom dinheirinho e decidiu comprar um carro. Beto Urtiga, que junto comigo produzia o seu programa na TV Borborema, tinha um fusquinha azul marinho e estava doido pra se livrar do bicho.

Feita a venda, lá estava Shaolin de posse do seu primeiro automóvel. Só tinha um problema. Ele não sabia dirigir. Era o típico “cangueiro”! Mas tudo bem, lá se vai Shaolin com seu novo carango, feliz da vida, pelas ruas de Campina Grande.

Nos dias que se seguiram não foram poucas as histórias sobre as aventuras do piloto Shaolin, até que aconteceu o trágico evento...

Numa noite qualquer, vinha Shaolin em seu bólido de origem alemã circulando o Açude Novo, nas proximidades do Museu de Artes, quando acelerou demais na curva, perdeu o controle e o carro bateu na calçada do muro da Clarissas. O pneu direito dianteiro fez o efeito alavanca e o carro capotou, caindo, virado, sobre a calçada.

Expectativa...

Correria...

Pânico...

E eis que quando as pessoas que estavam nos trailers do outro lado da rua começaram a correr para socorrer o acidentado, Shaolin pula de dentro do carro, sem um arranhão sequer, porém completamente descabelado e tonto, e começa a gritar para todos, acenando vigorosamente com os braços:

- Sai! Sai! Isso é uma gravação!

Rapidez de raciocínio, presença de espírito, bom humor.

Shaolin é especialista nisso. Em transformar acidentes em experiências enriquecedoras.

E assim foi o acidente de Shaolin. O único que merece ser lembrado...

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